domingo, 9 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti: Último adeus a um cidadão do mundo

Comoção global no último adeus a Luciano Pavarotti
GIUSEPPE CACACE / afp
Tenor foi enterrado em Modena, cidade onde nasceu há 71 anos


Uma multidão calculada em mais de 100 mil pessoas prestou o derradeiro tributo a Luciano Pavarotti, o tenor italiano que ontem foi a enterrar na sua cidade natal, Modena. À cerimónia acorreram personalidades como a estrela pop Bono Vox, o realizador Franco Zeffirelli e o antigo secretário de Estado das Nações Unidas Koffi Anan. O Governo italiano fez-se representar por vários ministros e pelo chefe do Governo, Romano Prodi, que confessou estar "triste mas orgulhoso" por saudar um dos maiores tenores da história da ópera.

"Ele fez da música um instrumento poderoso em prol da vida e contra a guerra. É verdade que Pavarotti gostaria, acima de tudo, de ser recordado como um grande tenor, mas também queremos prestar homenagem ao seu enorme sentido humanitário", afirmou Prodi.

Minutos antes do início do serviço fúnebre, os sinos da catedral dobraram a finados e a urna, com uma grande coroa de flores, foi colocada diante do altar, enquanto que no exterior milhares de pessoas seguiam as exéquias fúnebres através de um ecrã gigante.

A cerimónia religiosa - transmitida em directo pela televisão italiana - foi precedida pela "Avé Maria" da ópera Otello, de Verdi, interpretada pela soprano de origem búlgara e grande amiga de Pavarotti Raina Kavaivanska, que se mostrou muito emocionada. Durante a eucaristia, o célebre tenor Andre Bocelli interpretou "Avé verum corpus", de Mozart.

Num telegrama lido no início dos funeral do cantor, na catedral de Modena, o Papa Bento XVI também exprimiu o seu pesar, considerando que o tenor "honrou o dom divino da música". A curta declaração foi enviada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarciso Bertone, ao arcebispo de Modena, Benito Cocchi, para quem o desaparecimento de Pavarotti "tornou o Mundo um lugar mais pobre".

Ao funeral, presidido pelo arcebispo de Modena e outros 18 padres, assistiram nas filas próximas do caixão a viúva do tenor, Nicoletta Mantovani, a irmã de Pavarotti, Gabriella, e as três filhas mais velhas do primeiro casamento.
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